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Terapia - e se eu for e não gostar?

  • Foto do escritor: Espaço Brechas
    Espaço Brechas
  • 8 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de jul.

É possível ir a uma sessão de terapia e não gostar. Existem aspectos que podem produzir identificações, como, também, podem inibir a continuidade de um processo terapêutico. 

O terapeuta, René Magritte, 1937
O terapeuta, René Magritte, 1937

A obra de René é interessante para falar sobre a terapia, pois ele a descreveu como um estranho que abre amplamente sua capa, como se por um momento permitisse ao espectador olhar dentro da sua alma, revelando o véu de seu próprio segredo. Atrevo dizer que é o que também ocorre em uma terapia, estamos diante de um estranho, cujo é o profissional e que estamos ali para expor o que fica guardado, muitas vezes, por uma capa, uma proteção. Acrescento ainda, como podemos ser o próprio estranho, pela estranheza que nos causa se escutar.


Dessa forma, podemos pensar em alguns pontos se formos a uma terapia e estranharmos: 



  • Momento que está vivendo: isso influencia, inclusive, frente aos motivos de se buscar uma terapia e de como isso pode refletir nessa vivência. Por exemplo, se você estiver vivendo um momento difícil, pode parecer desconfortável no começo falar sobre algo que incomoda. Ao mesmo tempo, falar sobre isso pode ter um efeito terapêutico. A análise está sempre disposta a incluir o desconforto, tristeza e a angústia como parte dos processos.

  • Identificação: muitas vezes, nos identificamos sem ao menos detectar o que atravessou para que essa identificação tenha sido possível. Porém, em outros momentos, entende-se que existem questões importantes a serem levadas em consideração para que uma relação seja possível, como por exemplo: raça, gênero, sexualidade, especializações profissionais, etc. Já que é uma busca por um lugar e uma relação de cuidado e confiança.

  • Manejo Clínico: isso envolve abordagens e o modo como cada profissional a aplica. É possível que haja um estranhamento, inclusive porque é um espaço novo para nós, enquanto pacientes, de não saber o que virá e de como reagir.

  • Expectativas: costumamos imaginar como deve ser algo antes de vivenciá-lo. E na maioria das vezes a experiência aborda elementos que não foram pensados ou que foram diferentes do esperado. Desde as expectativas negativas ("não acredito em como isso pode me ajudar"), dos tabus ("psicólogo é pra doido”), até às altas expectativas e o romantismo sobre a terapia (“alguém que vá arrancar o sofrimento de mim”), é interessante se atentar a tais aspectos e, inclusive, levá-los para serem trabalhados no espaço terapêutico. Importante, também, ter em vista que cada experiência é diferente e é atravessada por diversos fatores, e por isso, muitas vezes, é importante testar diferentes experiências. 



Ouvimos falar sobre a dificuldade do começar, mas na clínica percebemos também uma questão sobre o continuar. Entretanto, continuar é justamente a chave para poder trabalhar sobre esses assuntos. Nesse intuito, existem pensamentos e/ou sentimentos que os analisandos podem considerar estranhos e irrelevantes, mas que são bem-vindos na terapia. Por isso, evidenciamos que é importante tentar mais de uma vez - com o mesmo profissional e/ou com outro.


 
 
 

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